Introdução ao Jornalismo - aula 15

domingo, 21 de março de 2010

Já no último horário dessa terça-feira, o meu grupo falou sobre Jornalismo em Uberaba. Primeiro falamos sobre os principais jornais impresso que existiu em Uberaba como: Jornal Paranaíba, Lavoura e Comércio, Jumbinho entre outros. Contamos as repressões, as perseguições e mortes causadas pelos poderosos da política durante a ditadura. Destacamos as rádios da cidade, falamos sobre a revista JM Magazine. Fizemos um resumo sobre o jornalismo na TV e muito mais.


Jornal Lavoura e Comércio

Fundado por pequenos e grandes produtores rurais que tinham algo em comum, eram contra o governo mineiro, por causa do fisco estadual. Resolvem fundar um jornal para ser o porta voz de seus interesses, o periódico Lavoura & Comércio, transformou-se em muito mais que um jornal,foi muito além, foi a expressão e o perfil de Uberaba e região, durante a passagem de 3 séculos distintos.

Antônio Garcia Adjunto, foi o primeiro diretor do Lavoura e Comércio. Em 1906, o jornal passa para a família Jardim. Os irmãos Francisco e Quintiliano Jardim, melhoraram ainda mais a linha editorial e ampliaram a abrangência do jornal para alem das fronteiras de Minas Gerais. Quintiliano Jardim dirigiu o Lavoura até sua morte, em 1966, passando para seus filhos George de Chirée, Raul e Murilo Jardim a direção. O Lavoura possuía então uma credibilidade tão grande que seu lema na época era, "Se o Lavoura não deu, em Uberaba não aconteceu". Desde a fundação até aos quase 104 anos de existência, o jornal somente não circulou durante dois dias, na década de 1980, devido a uma greve dos gráficos.

Em 27 de outubro de 2003, a ultima notícia: "Após 104 de veiculação ininterrupta, o Lavoura & Comércio paralisa suas atividades por questões econômicas e financeiras”. O jornal outrora importante, que fora distribuído em diferentes cidades de diferentes estados, que vendeu milhares de exemplares, e que se constituiu em dos mais ricos arquivos brasileiros, estava fechado. Era o mais antigo jornal de Minas Gerais e o terceiro mais antigo do país ainda em circulação.


Perseguições e mortes

Os jornalistas sempre foram vítimas dos abusos de políticos e poderosos, alguns tiveram suas vidas ceifadas justamente por exercerem o jornalismo. E quase sempre o palco para as agressões eram redações e escritórios dos jornais, e o jornal Lavoura & Comércio testemunhou estas perseguições. Uma campanha realizada pelo Jornal Lavoura & Comércio em dezembro de 1912 fez com que o então delegado de Polícia Sertório Leão, acusado de não combater a jogatina na cidade, tentasse matar o jornalista Quintiliano Jardim. Que estava acompanhado do seu colega de profissão João Camelo, Quintiliano foi atacado pelas costas pelo delegado que só não atirou devido ao fato revólver ter travado. O jornalista João Camelo era também auditor de guerra do batalhão de policia da cidade imediatamente deu voz de prisão ao delegado. João Camelo não sabia, mas cinco anos depois iria ser assassinado. Em 28 de dezembro de 1917. O jornalista João Camelo, foi morto pelo médico Luiz Boulanger Rodrigues da Cunha Castro Pucci. Motivo: o jornalista teria feito críticas ao Partido Democrata em sua coluna 'Rodapés'. Vale ressaltar que Boulanger Pucci foi prefeito de Uberaba de 1947 a 1951. Em 20 de maio de 1922, o médico e agente executivo de Uberaba (presidente da Câmara com poderes de prefeito, que naquela época não existia) João Henrique Sampaio Vieira da Silva, adentrou nas dependências do Jornal Lavoura & Comércio, e lá pediu para falar particularmente com o colunista daquele jornal, Moises Santana. A conversa aconteceu na sala do então diretor de redação Quintiliano Jardim. Em dado momento do diálogo, o doutor João Henrique perguntou ao colunista se ele era responsável por algumas notas de coluna que faziam menção a ele. Ao confirmar, o jornalista Moises Santana não imaginava que estaria assinando sua pena de morte. Doutor João Henrique sacou do revólver que portava na cintura, fato comum na época, disparou vários tiros contra o colunista, que foi socorrido e morreu no dia seguinte. O destaque fica mesmo é para a agilidade da Justiça: em apenas um mês e um dia, o assassino foi investigado, denunciado e absolvido pelo Tribunal do Júri.

Rádio Sete Colinas (1120 Khz)

Foi inaugurada no dia 09 de maio de 1968. No ano 1994, passou a fazer parte da principal Rede de Rádio do Brasil, que é a Rede Jovem Pan Sat, reforçando assim o seu compromisso de melhor e primeiro informar.

Focada no Jornalismo, no Esporte e programas de entretenimentos, sem esquecer o papel fundamental do Rádio que é a Prestação de Serviços de Utilidade Pública, sempre primando pela imparcialidade, e pelo respeito ao ouvinte.

Mesmo não sendo a mais antiga de todas, é a que mantém a mais tempo um jornalismo estruturado de maneira profissional. A rádio tem a vários anos um programa diário de notícias, com posto de apresentadores e repórteres e tendo inclusive um correspondente próprio em Belo Horizonte. Mantém flashes durante toda a programação com a cobertura dos principais fatos da cidade.

A rádio mantém a equipe esportiva mais antiga da cidade, atuando sem interrupção, sob o comando de Maurílio Moura Miranda, desde o início da década de 70. Acompanha os times locais em suas principais competições e com grande cobertura para o futebol amador.

Paralelo a isso tanto no jornalismo quanto no esporte, a rádio mantém contrato com sinal de satélite permanente a disposição da rede Jovem Pan Sat, emissora predominantemente informativa sobre os acontecimentos nacionais.

A partir de 2009 a Sete Colinas FM (98,1 Mhz), passou a retransmitir simultaneamente com a AM o jornal da Sete às 7 horas da manhã.
Tem seu público de “AM” pessoas que buscam informações de Uberaba, Triângulo Mineiro, Minas Gerais, Brasil e do Mundo! A emissora mantém sinal na internet.

Rádio Sociedade (730 Khz)

O surgimento da primeira emissora de Uberaba e 5ª do Brasil, a PRE-5 (atual, Rádio Sociedade AM), foi no ano de 1933. Vários grandes nomes do rádio e TV do Brasil, marcaram presença na sua trajetória, como por exemplo, a atriz Yara Lins, e os apresentadores Fernando Vanucci e Celso Portioli, entre outros. A emissora no passado produziu rádio-novela, formato precursor das telenovelas. Uma das radialistas mais antigas da emissora ainda viva, é Lidia Varanda, que faz parte da história do rádio uberabense. Um dos últimos programas jornalísticos da emissora foi o Cidade Total, ancorado por Álvaro Matarim, que além de músicas, continha entrevistas, previsão do tempo, participação fixa de profissionais das áreas de saúde, economia e outros, havia intervenções de repórteres ao vivo, com flashes de Belo Horizonte através da Acessória de Comunicação do Governo do Estado.

Durante vários anos, de forma alternada, a emissora manteve equipe de esporte comandada por João Batista Rodrigues, ex deputado estadual e ex secretário municipal de turismo e esporte. Atualmente a emissora não conta com a equipe de esportes.

A Rádio Sociedade tem informação, abrangendo saúde, dicas de comportamento, curiosidades, utilidade pública e emprego. O jornalismo instantâneo com a presença de repórter e programas específicos de notícias não faz parte da programação atual. Sendo reproduzida notícias de jornais e tendo como principal programa o “Show da Manhã”, produzido há vários anos pelo atual proprietário da emissora, João Batista.

Rádio Uberaba (670 Khz)

A Rádio Uberaba foi fundada por um grupo de uberabenses na década de 1980 e depois repassada para o então deputado Milton Reis, que na década seguinte a transferiu para o também ex-deputado federal Sérgio Naya. Há dez anos foi vendida para a Rede Mineira de Rádio, que tinha como sócio majoritário o ex-vice-governador de Minas Gerais, Clésio Andrade, atual presidente da Confederação Nacional de Transporte (CNT). Em 2005, a sociedade da Rede Mineira de Rádio foi desfeita e o ex-vice-governador ficou com 17 emissoras, enquanto o seu sócio, Geraldo Magno, ficou com 11. Ele vendeu duas, e entre as nove que ficaram, está a Rádio Uberaba AM.

Com a intenção de promover um rádio jornalismo diferenciado e atrativo, sob nova direção e depois de algum tempo inativa, a Rádio Uberaba volta ao ar. Em parceria com o Jornal de Uberaba, a rádio, depois de um tempo de paralisação, volta cheia de novidades. Uma delas é a reestruturação administrativa. No comando, os jornalistas Paulo Ferreira, que fica por conta das notícias, e Racib Idaló, com a Direção Geral.

Tem jornalismo, prestação de serviço e variedades. A Rádio Uberaba conta com uma equipe de jornalistas e estudantes de comunicação.
A novidade é a parceria com a Rádio Tupi no Rio de Janeiro, trazendo informações em nível nacional. Uma das rádios mais antigas do país e bastante reconhecida pela sua atuação, a Tupi tem em sua programação o "Sentinelas da Tupi", que trazem notícias a todo o momento.

A programação inclui cobertura do esporte em geral de Uberaba, região e do Brasil. Cobre o Campeonato Brasileiro das Séries A e D, Taça Minas Gerais, futebol amador "A" e "B". Tem um repórter em cada campo que entra ao vivo nas transmissões via telefone celular. O domingo é todo destinado ao esporte. A grade de programação conta com o Programa Giro Esportivo 670 que vai ao ar de segunda à sábado das 11h às 12h. A equipe de Esportes da Rádio Uberaba conta com vários profissionais, e tem como narrador Euler Júnior

Rádio Superdifusora FM (89,1 Mhz)

É uma rádio comunitária que tinha como nome original “Natureza FM”, fundada e dirigida pelo advogado e empresário Celso Borges. Ela se mantém no ar, graças a liminar do juiz federal uberabense Paulo Fernando Silveira, hoje aposentado. A emissora tinha como foco ser uma rádio musical e ecológica, hoje trabalha com música popular com predominância sertaneja, prestação de serviço (comentários e participação popular sobre os problemas da comunidade) e equipe própria de esporte.

Um de seus principais nomes é o radialista Edvaldo santos (ex vereador), que começou como operador de som e passou a locutor-apresentador na Difusora AM (atual JM). Nesse período alcançou grande sucesso com programa de formato popular e participação de ouvintes. O programa é focado em entretenimento e prestação de serviços. Devido ao sucesso e a situação financeira da emissora, a rádio ficou sob sua direção (arrendamento) durante muito tempo. Com o fim da parceria ele se transferiu para a superdifusora FM, com o mesmo formato de programa, conseguindo manter inclusive, para surpresa de muitos, grande audiência com programa de formato AM em emissora FM. A emissora mantém sinal na internet.

Rádio JM (Difusora AM) (630 Khz)

No decorrer da década de 1950, é fundada a segunda emissora radiofônica da cidade, a Rádio Difusora de Uberaba, inicialmente denominada Rádio Difusora Triangulina. Também teve em seus quadros, nomes tradicionais do rádio uberabense, sendo de grande apelo popular. Devido as suas características técnicas, sempre foi emissora de grande alcance na zona rural e região. Após a direção de Edvaldo Santos, ficou sob o comando da Uniube por algum tempo e posteriormente foi arrendada pelo radialista e vereador Tony Carlos, atualmente um dos mais populares da cidade, com programa voltado para notícias policiais e fatos dos jornais de forma irreverente e bem humorada. A partir de 2009 o Jornal da Manhã assumiu a direção da emissora, reformulando toda a programação, mantendo apenas o programa Tony Carlos.

A rádio JM também mantém sinal na internet. A nova programação apresenta três edições do programa JM News, noticiário com dois apresentadores por edição e participação da equipe de reportagem do Jornal da Manhã, mantendo cobertura em tempo real dos fatos que acontecem na cidade e micro região. Existem ainda programas informativos como dos radialistas Renato Lima e Eustáquio Rocha, com enfoque na prestação de serviço e entrevistas. Foi criada a equipe Pé Quente sob o comando de Waldemar Filmiano Neto, com cobertura dos eventos esportivos, principalmente do Uberaba Sport Club, nos últimos campeonatos. Cobre também o campeonato amador de futebol. A emissora manteve parceria que já existia e integra a rede Band Sat (Rádio Bandeirantes de São Paulo), uma das mais importantes emissoras jornalísticas e esportivas do Brasil. Aos sábados a emissora apresenta pela manhã o programa JM Mulher, sob o comando da jornalista Indiara Ferreira, com entrevistas, dicas e informações para o universo feminino.

Revista JM Magazine

A revista JM Magazine foi lançada em 2003 pela equipe do Jornal da Manhã. Para Lídia Prata e Luiz Ciabotti, diretores responsáveis do Jornal da Manhã e da revista JM Magazine era preciso enfrentar novos desafios e criar uma revista diversificada aos uberabenses, foi assim que surgiu o projeto. Atualmente, são 4 revistas: JM Magazine, JM
Extra Negócios, JM Agronegócios e JM Noivas. O foco da JM Magazine é o social: as melhores festas e os melhores eventos, afinal muitas pessoas não podem comparecer em todos os lugares e é esse o objetivo deles, mostrar como foi e quem foi. O público alvo da revista é o A, B e C.

Na décima edição, o design gráfico Edmílson Alves entrou para mudar a “cara” da revista, juntamente com Dudu Assis. Indiara Ferreira é editora de duas revistas: JM Extra e JM Agronegócios. A jornalista entrou no Jornal da Manhã em 1995, quando ainda estava na faculdade, depois saiu para se dedicar a outras mídias. Há 6 anos, retornou para equipe e fez importantes coberturas de festas e eventos na cidade. Atualmente, Indiara está na área de comportamento.

Já a JM Noivas por um tempo esteve fora de foco, mas está nos novos projetos da equipe. A cada três anos é preciso mudar o visual da revista, um trabalho dos designs gráficos. A JM Extra existe há dois anos, o foco da revista são temas atuais, é um veículo informativo.

“Você guarda a revista, daqui 20 anos saberemos o que aconteceu. Por isso tivemos um pedido muito grande das escolas querendo as revistas como fonte de pesquisa”, afirmou Indiara Ferreira.

A JM Agronegócios foi a terceira revista a ser lançada. Todas as capas são moças convidadas pela revista, mas como as garotas são escolhidas é um segredo do Grupo JM de comunicação. A JM conta com grandes colunistas, como: Mirna Mendes, Jorge Alberto, Bia Adriano e Nanda Guaritá. A próxima revista será lançada em abril e, vamos revelar em primeira mão, alguns assuntos que serão destaques. A JM Magazine de 2010 vai falar sobre a Copa do Mundo e a Expozebu.

Telejornalismo: TV Integração

A TV Integração produz dois telejornais: MGTV 1º edição e MGTV 2º edição. O MGTV 1º edição vai ar de segunda a sexta ao 12h00min. Atualmente é apresentado por Julio Neto e Érika Machado. O formato do telejornal é mais descontraído, é um jornalismo e entretenimento. Afinal, o MGTV é exibido no horário de almoço de muitos uberabenses.

O MGTV 2º edição vai ao ar de segunda a sexta às 19h00min. E a jornalista Adriana Afonso apresenta o telejornal há 11 anos. Ele tem um formato mais sério, um acidente grave que acontece a tarde, ou chuva que atingi a cidade no fim do dia, são informações que o telespectador espera para assistir a noite.

O MGTV trabalha em núcleo, tem o núcleo do MGTV 1º edição e núcleo do MGTV 2º edição. Cada núcleo se reuni na segunda, discuti o que vão cobrir durante a semana e, na terça-feira é feita uma reunião de pauta geral. Lá na TV tem um quadro onde eles marcam o que vão cobrir, as reportagens que devem produzir e as pessoas que vão entrevistar.

Telejornalismo: TV Band Triângulo

Já o Band Cidade é o telejornal mais recente da cidade, tem 4 meses. A Band Triângulo fica na sede na extinta TV Regional. O Band Cidade vai ao ar, logo depois do Brasil Urgente, um programa líder de audiência, o que é uma responsabilidade muito grande para equipe de Uberaba.

Fernanda Viola, apresentadora do telejornal, não é formada em jornalismo, mas em Publicidade e Propaganda. Para Celi Camargo, responsável pelo jornalismo, a emissora escolheu Fernanda por ter boa postura, melhor até do que muitos jornalistas formados.

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